domingo, 25 de março de 2012

a naureza morta

Natureza-morta


Natureza-morta (1620). Pintura de Panfilo Nuvolone (Museu de Arte de São Paulo, São Paulo).
Natureza-morta é um gênero da pintura e fotografia em que se representa seres inanimados, como frutas, flores, livros, taças de vidro, garrafas, jarras de metal, porcelanas, dentre outros objetos.
Natureza morta com maçãs (1890), Paul Cézanne, (óleo sobre tela, 35.2 x 46.2 cm) Museu Hermitage, São Petersburgo.
O termo natureza-morta se refere à arte de pintar, desenhar, fotografar composições deste gênero. Na arte contemporânea é frequente utilizar ainda outros suportes como a escultura, instalação ou video-arte destas representações de objetos inanimados, como referências à história da arte.

História

Esse gênero de representação surgiu da Grécia antiga, e também se fez presente em afrescos encontrados nas ruínas de Pompéia. Foi depois condenada por teólogos católicos durante a Idade Média. A denominação Natureza morta, conforme o alemão Norbert Schneider[1], surgiu na Holanda no século XVII, nos inventários de obras de arte. A expresão competiu durante algum tempo com natureza imóvel e com representação de objetos imóveis no século XVIII.[2]

sexta-feira, 16 de março de 2012

trabalho de Artes

Neoclassicismo
Neoclassicismo é um movimento artístico que se desenvolveu especialmente na arquitetura e nas artes decorativas. Floresceu na França e na Inglaterra, por volta de 1750, sob a influência do arquiteto Palladio (palladianismo), e estendeu-se para o resto dos países europeus, chegando ao apogeu em 1830.  Inspirado nas formas greco-romanas, renunciou às formas do barroco (que não tinha tido grande repercussão na França e na Inglaterra)  revivendo os princípios estéticos da antiguidade clássica.
EXEMPLO DE EDIFÍCIO NEOCLÁSSICO
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Palácio de Exposições de Munique
Entre as mudanças filosóficas, ocorridas com o iluminismo, e as sociais, com a revolução francesa, a arte deveria tornar-se eco dos novos ideais da época: subjetivismo, liberalismo, ateísmo e democracia. No entanto, eram tantas as mudanças que elas ainda não haviam sido suficientemente assimiladas pelos homens da época a ponto de gerar um novo estilo artístico que representasse esses valores. O melhor seria recorrer ao que estivesse mais à mão: a equilibrada e democrática antiguidade clássica. E foi assim que, com a ajuda da arqueologia (Pompéia tinha sido descoberta em 1748), arquitetos, pintores e escultores logo encontraram um modelo a seguir.
Mais do que um ressurgimento de estética antiga, o Neoclassicismo relaciona fatos do passado aos acontecimentos da época. Os artistas neoclássicos tentaram substituir a sensualidade e trivialidade do Rococó por um estilo lógico, de tom solene e austero. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adotaram o neoclassicismo como estilo oficial por relacionarem a democracia com a antiga Grécia e República Romana.
Surgiram os primeiros edifícios em forma de templos gregos, as estátuas alegóricas e as pinturas de temas históricos. As encomendas já não vinham do clero e da nobreza, mas da alta burguesia, mecenas incondicionais da nova estética. A imagem das cidades mudou completamente. Derrubaram-se edifícios e largas avenidas foram traçadas de acordo com as formas monumentais da arquitetura renovada, ainda existentes nas mais importantes capitais da Europa.
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Igreja de Madeleine - Paris
A Igreja de Madeleine, de Vignon, é uma amostra inconstestável do retorno da arquitetura clássica que se verificou durante a época napoleônica. São edifícios grandiosos de estética totalmente racionalista: pórticos de colunas colossais com frontispícios triangulares, pilastras despojadas de capitéis e uma decoração apenas insinuada em guirlandas ou rosetas e frisos de meandros.
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National Gallery, Londres
Surgido para dar sustentação à revolução francesa e depois ao império, o neoclassicismo, no entanto, se apóia principalmente nos países da aliança contra Napoleão, como a Alemanha e a Inglaterra. Durante este período, as cidades foram invadidas por edificações colossais, como o célebre Arco do Triunfo, em Paris, construído em homenagem às vitórias de Napoleão. Nele evitou-se ao máximo recorrer aos ornamentos romanos, como as colunas clássicas.
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Arco do Triunfo, Paris

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

neoclassicismo


As alterações políticas da época, nomeadamente o término do absolutismo e a chegada da Revolução Francesa, levam a uma necessidade geral de ruptura com o passado próximo e com a sua estética associada, o barroco. Também a nova prioridade dada ao racionalismo e ao novo modo de percepção do mundo, que emerge com o Iluminismo, abala a fé religiosa e relega para segundo plano as temáticas artísticas relacionadas com o espiritual. Desaparecem quase por completo as cenas religiosas para dar lugar ao gosto pelo historicismo (principalmente da Roma Antiga), temas do cotidiano e ainda mitológicos.
No despontar de uma nova era, torna-se imperial para os artistas, e para a sociedade em geral, a busca pelo verdadeiro, a pureza, a integridade moral e a virtude cívica, e a fonte indicada para esse objectivo é a Antiguidade Clássica e a sua arte. A arte greco-romana é a “nobre simplicidade e a tranquila grandeza” [1], as linhas clássicas, claras e simples, surgem como um bálsamo para os que reagem contra as formas exageradas e excessivas do barroco. Mas esta interpretação do passado vai assumir características diferentes daquelas assumidas durante o Renascimento. Os artistas neoclássicos vão basear-se na sua estética, mas vão atribuir-lhe um novo significado e um novo conteúdo, vão usá-la como invólucro da mensagem contemporânea da nova visão do mundo e da sociedade. Mas a grande parte das peças da Antiguidade Clássica descobertas no século XVIII são tridimensionais: a escultura é uma das formas de expressão mais cultivada então, ao contrário da pintura. Desse modo, a maior influência pictórica assimilada pelos neoclássicos vai ser aquela deixada pela herança das pinturas dos artistas do Renascimento e do maneirismo.
  • Características formais
A pintura neoclássica é uma pintura descritiva de forte realismo, onde o traço linear assume maior importância que a aplicação da cor (ao contrário da expressividade pictórica do Romantismo). As cenas vivem da composição formal, são harmoniosas, os elementos possuem contornos bem definidos e são dispostos em planos ortogonais equilibrados. De um modo geral as figuras assumem uma postura rígida, onde a luz artificial direccionada (em foco) ajuda à criação de um ambiente teatral, resultando numa imagem sólida e monumental. Esta frieza, conseguida pelo artificialismo da composição, distancia o observador, tornando a pintura numa imagem simbólica.